quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PNUD divulga novo relatório do IDH

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil avançou uma posição em relação ao ano anterior. Numa primeira análise, há duas conclusões imediatas que normalmente fazemos: só melhoramos uma posição? Estamos na 89ª posição? Deixemos de lado estas primeiras impressões e façamos uma breve análise.

Claro que, subir apenas uma posição no ranking do IDH mundial, pode ser decepcionante. Porém, se analisarmos o contexto global e o pequeno período analisado, certamente há um avanço social que não pode ser deixado de lado. Além disso, os países que mais "subiram" no referido ranking não galgaram mais do que três posições. O Zimbábue, por exemplo, foi o país que mais avançou no IDH devido a um aumento significativo da expectativa de vida – de 1,8 ano entre 2012 e 2013, quase quatro vezes maior que o crescimento médio global.

O que pode ser preocupante, de fato, é nossa posição. Mesmo com a continentalidade de nosso território e suas desigualdades regionais, problemas como escolaridade e renda precisam avançar nas políticas de Estado no Brasil.

Em 2013, informa o estudo, o brasileiro tinha 73,9 anos de esperança de vida (73,8 em 2012), 15,2 anos de expectativa de anos de estudo (14,2 em 2012), 7,2 anos de média efetiva de estudo (igual a 2012) e renda per capita anual de 14,275 mil dólares (14,081 mil dólares em 2012). Essa combinação deu ao País um IDH de 0,744. Na versão 2012, o índice do País era de 0,742. “O Brasil melhorou nos últimos 30 anos e será um país ainda melhor no futuro, mas perde muito no IDH por causa da desigualdade de renda”, diz Jorge Chedieki, chefe do escritório do PNUD em Brasília.

O país líder do IDH continua sendo a Noruega, com 81,5 anos de esperança de vida, 12,6 anos de média de estudo, 17,6 anos de expectativa de anos de estudo e renda per capita de 63,9 mil dólares por ano. Em seguida aparecem Austrália, Suíça, Holanda e Estados Unidos. Na América Latina, o Brasil perde no ranking para Chile (41ª posição), Cuba (44ª), Argentina (49ª), Uruguay (50ª), Bahamas (51ª), Antígua e Barbuda (61ª), Trinidad e Tobago (64ª), Panamá (65ª), Venezuela (67ª), Costa Rica (68ª), México (71ª) e Ilha de São Cristovão (73ª).

Os relatórios anuais do IDH têm sempre um enfoque particular. Neste ano, o PNDU decidiu destacar a capacidade de um país de evitar que pessoas que saíram da pobreza voltem à situação anterior. Para a agência, é bom que os países combatam a miséria, mas é preciso ir além e construir política públicas que respaldem economicamente as populações em casos de grandes crises financeiras ou climáticas, por exemplo. O Bolsa Família é citado como exemplo de política pública a assegurar “resiliência” contra a pobreza. “Constitui um piso de proteção social”, afirma Chediek.

Arte índice de desenvolvimento humano 2013 (Foto: Editoria de Arte / G1)

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